quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Rondon - Poema

Em 1.880,
Com seu amigo Tasso Fragoso
Foi mensageiro da republica
Serviço bem perigoso
Levavam e traziam ofícios
Num  processo litigioso

Em 1.890
Apresentou-se a um acampamento
Era um  lugar de apoio
Cujo nome era  São Bento
Era  dentre as arvores
Onde se ouvia o cantar do vento

Sua principal função
Era ajudar a construir
Longas linhas telegráficas
Para o Brasil evoluir
Como bravo brasileiro
Não podia desistir

A primeira estação
Que ele viu inaugurar
Foi  em Capim Branco
Depois de muito trabalhar
Após um  ano de esforço
Ele passou a comandar

Em 1.897,
Sua esposa lhe pediu
Para que largasse as obras
Então Rondon se demitiu
Dois anos depois
Para o exército partiu

Nessa mesma época foi possível
Salvar perante o governo
Últimos pedaços de terra
Sem usar o dinheiro
Dos Terenas e Quininaus
Que antes tinham domínios inteiros

Em 1.907, o rio Juruena
É procurado pela expedição
Havia uma lenda terrível
De que canibais habitavam a região
Mesmo com todos os medos
Rondon seguiu com o batalhão

Durante dois dias a tropa
Descansou as margens do rio
Sairam bem cedinho
E ninguém se despediu
Houve um ataque de índios
Mas ninguém se feriu

Rondon decidiu construir um girau
Para colocar os presentes
Para os  índios eram coisas estranhas
Completamente diferente
Eles viviam sozinhos
Não se misturavam com outra gente

Certa vez sem canoa
Rondon atravessou o rio
Somente na força do braço
Puxando o arcabouço que revestiu
Carregou só o material
Numa bravura que nunca se viu

A 24 de fevereiro
Rondon sentiu-se mal
Um forte acesso de impaludismo
Lhe fez parar no hospital
Com injeção de quinino
Sua recuperação foi normal

Como bois há tanto tempo na flores
Os índios nunca os flecharam
Aos poucos a boiada diminuiu
Os cargueiros fracassaram
E os que eram para o abate
Devagarzinho  acabaram

A 25 de dezembro
Avistaram as águas do Madeira
Foram muitos dias de viagem
Isso não é brincadeira
Enfrentando todos os perigos
Que tinha a viagem inteira

Dedicava-se aos índios
Grande parte de sua vida
Também aos animais
E a floresta querida
Tinha amor pela família
Que jamais foi esquecida

Em junho de 1.912
Inaugurou outra estação
Desta vez foi em Vilhena
Distante da civilização
Em setembro era chamada
Pelo ministério da viação

Um homem chamado Roosevelt
Era ex-presidente americano
E desembarcou no Brasil
Bem perto do fim do ano
E começou sua viagem
Com ajuda desse ser humano

Tinha como objetivo
Nessa grande expedição
Estudar a fauna e a flora
Explorar a região
Enviar os dados para América
Para uma grande exposição

Rondon o ajudou
A passar pelo sertão
Montado em muares
Atravessaram este chão
E com muito pouca coisa
Para a alimentação

Rondon decidiu mudar
O nome do rio que seguia
Antes era rio da Dúvida
Por que ninguém o  conhecia
Agora é rio Roosevelt
Pois muita gente lhe pedia

Roosevelt sofreu um acidente
Mexendo numa canoa
E queria que Rondon
Viajasse numa boa
Mas logo se recuperou
E ficou sorrindo atoa

Chegaram a Belém do Pará
No final do mês de abril
Onde o ex-presidente americano
Embarcou  num navio
Se despediu de Rondon
E muito triste partiu

Rondon ainda fez, mais uma
Viagem de exploração
Foi ate o rio Guaporé
Onde perdeu mais um cão
Era o mais inteligente
Corajoso e campeão

Foi nomeado General chefe
Das forças armadas em operação
Na região Sul do Brasil
Onde exerceu sua função
Recebeu um telegrama que dizia:
“Perdeste sua filha do coração”
Perde sua esposa d. Chiquita
Em 1.950
Rondon sofreu muito
Quase que não agüentava
Mas logo recuperou-se
E um novo projeto apresenta


Era um projeto de criação
De um parque para proteger
Os índios, a fauna e a flora
E um bom resultado obter
Se chamaria Xingu
E ninguém poderia vender

No ano de 1.958
Em 19 de  fevereiro
Morre esse grande homem
Lá no Rio de Janeiro
Ele foi um grande herói
Para o povo brasileiro

Rondon foi enterrado
No cemitério São João Batista
Onde comprou uma sepultura
E escreveu um lema positivista
Tudo isso foi manchete
Em jornais e em revistas

Rondon foi um grande guerreiro
Organizava sua expedição
Morava mais na floresta
Adorava ter um cão
Rondônia em sua homenagem
Invejado por sua coragem
Orgulhou toda a nação.

Autor: Romário Dallapícola






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